domingo, 30 de maio de 2010

Que belo fim-de-semana!!

Tenham um bom domingo...

sábado, 29 de maio de 2010

Vida atarefada....






Já fui às compras e contribuí para o Banco Alimentar... fiz arrumações e agora estou a apoiar o meu dono nos seus trabalhos... vida atarefada!!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Ir à escola ou para a escola

- Mas, onde está o teu filho, agora? - Perguntei-lhe.

Falava com uma pessoa "formada", dessas por aí que dizem não precisar das "novas oportunidades", pois se até já « tinha uma licenciatura e estava agora a fazer um mestrado!», conforme já me tinha repetido por diversas vezes! Foi quase uma hora de "enorme seca", conheceu-me (afinal tinha sido outrora - leia-se há cerca de vinte anos - uma aluna minha, numa Escola do interior, das muitas por onde palmilhei). Beijocou-me na rua e quase achou um "sacrilégio" eu não a ter (re)conhecido... Disparou por lá meia dúzia de coisas sobre a escola de ontem e sobre o meu "retrato de então"... pintou-me com umas cores à mistura do lúdico, da competência, mas sobretudo do rigor! Sorri, baixinho! Disse em seguida que nesse tempo é que era "bom"! Hoje "era uma desgraça", que reparasse eu nesta "última do Sócrates", "feriado" no dia 13 de Maio... "Ele não pensou nos pobres dos pais, "quem não tem onde pôr os filhos, como havia de fazer?!" Engoli, mais uma vez em seco e (re)perguntei:

- Mas, onde está o teu filho,agora?

- ... Onde está? O meu filho foi para a Escola!

- PARA a Escola? -retorqui.

- Sim PARA a Escola! - respondeu com uma mistura de altivez!

- Porque é que dizes "PARA a Escola" e não dizes "À Escola"?

- Desculpe, professor, mas não estou a entender...

- Pois... repara bem, quando levas o teu filho ao Hospital, como dizes? "Vou ao Hospital!". Quando o levas de férias, como dizes? "Vou à praia"!. Quando o levas Igreja como dizes? "à missa", "à Catequese"... e mesmo quando o levas a casa dos teus pais, como lhe dizes? "Vamos aos avós", é ou não é? E dizes isso noutras quaisquer situações... "ao tio", "ao cinema", "ao Shoping", "à rua", "ao restaurante". Só no que respeita à Escola... vós os pais de hoje dizeis sempre "PARA a Escola" e nunca "À Escola"!

- E... isso que interessa, professor?

Parei por um instante e tentei que me acompanhasse no meu pensamento...

- Sabes, quando eu fui teu professor, tu ias "À ESCOLA", ias lá, mostravas os trabalhos de casa que eu te tinha marcado, ouvias as lições que eu tinha programado nesse dia para ti, alternadas também com as brincadeiras, as músicas e os jogos... Ao almoço, ias comer a casa dos teus avós, com os teus primos, depois quando a Escola reabria, voltávamos ao trabalho, aos Problemas, à Leitura, ao Canto, ao Jogo, sei lá... Depois saías e ias PARA casa da tua avó, PARA casa da tua vizinha, PARA casa da tua tia... Mas, o que quero dizer é que tu ias À ESCOLA e não ias PARA A ESCOLA!

- E não é a mesma coisa?!

-Não...Nem penses! Quando se vai "À ESCOLA"... pressupõe-se que, à partida, todos os intervenientes, professores, pais, alunos, etc., sabem "o que se vai" lá fazer. Ou seja os objectivos estão devidamente definidos, as metas devidamente traçadas, as estratégias, os percursos, os meios, os recursos, o próprio tempo... tudo se encontra devidamente definido e todas as partes conhecem perfeitamente as regras, ou seja o QUE É, e o QUE NÃO É.

- E quando se diz "PARA A ESCOLA", não é a mesma coisa?

- Não, não é! Confesso-te que fico com as impressão que os pais de hoje e neste caso tu também, que vedes a Escola como um lugar de "Despejo", "Arremesso", ou mesmo uma instituição que tem por princípio tomar-vos conta dos filhos, enquanto vós ides para os vossos empregos, para as vossas tarefas, ou mesmo para os vosso devaneios... por isso é que dizeis que os vossos filhos foram "PARA A ESCOLA". Tudo isto é fruto duma filosofia muito perigosa de encarar hoje a Escola, porque vos desresponsabilizais de algumas obrigações importantes para com os vossos filhos, que julgais que a Escola fornece... mas enganais-vos! Há coisas que os vossos filhos - tal como vós ontem! - precisavam de aprender e não aprendem, mas que vós aprendestes com os vossos pais, com os avós, com os primos, com os tios, com os vizinhos.... Os vossos filhos hoje entram na Escola às 9h e saem muitas vezes às 17 e mais tarde. E vós não fazeis ideia, nessas 8h que passaram, do turbilhão de coisas que aconteceram... algumas boas, mas outras más e outras talvez muito nocivas!

- Oh, professor, deixe-se de coisas. A Escola de hoje é totalmente diferente, nós ontem fomos uns miseráveis! Esta canalha hoje tem tudo: livros, comida bebida, filmes, músicas, brincadeiras... ah quem me dera que no nosso tempo fosse assim!

- Não disseste há pouco que "nunca me ias esquecer" e que tinhas "saudades da nossa Escola"? Não recordaste comigo os "nossos jogos", as "nossas festas", os "nossos passeios" e até... aquela "ida à praia pela primeira vez"... alunos, pais, irmãos mais velhos e até o senhor presidente da Junta!...

- Bem... isso é verdade. E digo-lhe mais, éramos mais felizes que esta canalhada de hoje! Nós éramos desenrascados, corríamos, saltávamos, pulámos à corda, jogávamos ao pião, à barra-forte, ao piro-galo, nós pintávamos o diabo, professor! A canalha de hoje é uma desgraça... parecem uns tonhós... não têm aquele rasgo e aquela genica cá do nosso tempo! E quando não havia aulas, professor, você não faz ideia, era um dia inteiro de rinchedo uns com os outros! Os primos, as primas, os tios, as tias, os avós... tudo parecia que tinha pilhas "Duracel" e pela aldeia fora parecia que andava mesmo o diabo à solta!...

- Pois é, minha querida, é que no vosso tempo as crianças iam À ESCOLA... agora vão PARA A ESCOLA! E, acredita que, apesar de ao nível das instalações, comodidades e mesmo espaços estarem bastante melhor, existem outras enormes diferenças!... E são diferenças tais que demorarão muito tempo até serem percebidas e sobretudo sentidas!

publicado por eduardus às 13:56 link do post

sábado, 15 de maio de 2010

Parabéns para o meu avô!!


Parabéns pelos seus 66 aninhos!! Um dia muito feliz... eu vou estar por perto para o chatear um pouquinho...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Crónica de muito amor, António Lobo Antunes

Há muito tempo que não me ria tanto... que delícia. Bom fim-de-semana. (Obrigada Velas por teres publicado esta crónica...)


5:51 Quarta-feira, 31 de Mar de 2010
O João trouxe-me um Santo António pequenino de Pádua: comoveu-me que se tivesse lembrado de mim. Na minha família não se fala de mariquices mas, de vez em quando, há gestos destes, de ternura escondida, como quem não quer a coisa. Deve-se gostar das pessoas sem lhes mostrar. Deve-se gostar das pessoas sem lhes mostrar? Pelo menos entre nós é assim: não há elogios, não há censuras, raramente há perguntas. Para quê? Há um estar ali que é já tanto. Diz-se sem as palavras e percebe-se que se diz e o que se diz porque o clima, não sei explicar de outra maneira, se torna diferente. Não falamos do que cada um faz: a gente sabe. Do que cada um sente: a gente sabe. Não se fala do sofrimento, não se fala da alegria: a gente conhece. É melhor desta forma. Uma única ocasião o meu pai fez-me uma confidência, sacudiu-a logo com a mão
- Chega de pieguices
e alegrou-me que se penitenciasse por transgredir as regras. Não há efusões, não há gestos e, no entanto, as efusões e os gestos estão lá. Quem souber ver que veja, quem não souber é porque não pertence à tribo. Não há lamentos: porque é que hei-de lamentar a minha sorte, interrogava o grego. Não há censuras, não há críticas, salvo em ocasiões muito, mas mesmo muito, especiais. O Zé Cardoso Pires percebia isto
- Vocês estão muito ligados
disse-me um dia, e mudou logo de paleio.
- Nenhum escritor gosta de falar do que escreve
afirmava ele. E, realmente, nunca falámos um ao outro do que escrevíamos. Quase todos os dias conversávamos mas não se tocava nesse assunto. Quando muito
- Estás a trabalhar?
e acabou-se. Ou
- Não estou a trabalhar
e acabou-se. Uma tarde telefonou-me
- É para te dar os parabéns porque ganhei um prémio
desviou logo o assunto e isto é o cúmulo da amizade. Foram os parabéns que, até hoje, mais prazer me deram. Até as nossas dedicatórias mútuas eram secas: Para o António do Zé, Para o Zé do António e um rectângulo à volta, a cercar as palavras, a fechá-las lá dentro. O rectângulo, claro, era o mais importante, e o que estava naqueles quatro riscos, meu Deus. Maior elogio mútuo
- Belo livro
maior crítica mútua: silêncio dentro de um soslaio breve. Não, maior elogio:
- Posso ser amigo de um médico, de um engenheiro, de um pedreiro. Para ser amigo de um artista tenho que admirá-lo.
Passeávamos de braço dado na rua. Com o meu irmão Pedro, por exemplo, darmos o braço é fazermos chichi juntos, no escuro, junto à cascata do jardim dos meus pais, com um comentário sobre o jacto respectivo. Depois sacudirmos os pingos ao mesmo tempo porque a pila não sabe fungar. Então abotoamo-nos e cada um vai para o seu lado, em silêncio. Deve ser difícil as mulheres entenderem isto mas, para os homens, fazer chichi lado a lado, ao ar livre, é sinal de amizade, a olharmos para baixo, cheios de duplos queixos. Tanto che che che nesta frase. Fazer chichi na rua é um dos meus prazeres, devo ter sido cachorro noutra encarnação. Detesto urinóis, retretes: haverá alguma coisa que se compare à exaltação de mijar contra uma parede? Às vezes, a seguir ao jantar, digo ao Pedro
- Já mijaste?
sabendo que ele estava à minha espera para essa celebração da cumplicidade. Nem que sejam três gotas faz-se um esforço. Vemos as árvores, vemos o muro, não nos vemos um ao outro mas estamos ali. Nem quero pensar na ideia de fazer chichi sozinho. No fim pergunta-se
- Como é que estás?
sabendo que o parceiro se cala. Depois cada um no seu carro, sem mais palavras. Um atrás do outro e, a certa altura, separamo-nos, com um sentimentozito de despedida que custa. Quer dizer não custa assim tanto, custa um bocadinho e passa. Eu vou fazer redacções, ele vai fazer não sei o quê: pouco importa. Importa que durante uns momentos estivemos juntos. Agora interrompi esta crónica porque fui lá dentro espreitar o Santo António antes de lhe pôr o ponto final.

Que pena um ponto final ser tão pequenino.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ontem percebi que ainda tinha o teu número de telefone... mas onde estás já não podes atender... tive um aperto no coração mas acabei por eliminá-lo... não vale a pena adiar certos actos. Nada vai mudar.

domingo, 9 de maio de 2010

CAMPEÕES...

A todos os meus amigos uma óptima festa... com desportivismo...
Porque é preciso saber perder... mas também saber ganhar...

sábado, 8 de maio de 2010

S. Pedro...

Estou inquieta e curiosa para saber o que fizeram ao S. Pedro... vá, digam lá!! Tanta chuva e tanto frio novamente têm de ter um motivo muito forte!!
















O que vale é que os meus donos aproveitaram para ver um belo filme romântico... Juntos ao luar. Se tiverem tempo vejam... fala de amor, de ausência e de problemas da vida quotidiana. Mas o amor tudo vence!
Acho que vou mostrar o meu amor por S. Pedro... pode ser que ele me ajude.

domingo, 2 de maio de 2010

Dia da mãe...




Um dia muito feliz para todas as mães!!
O meu beijo felino especial vai para a minha doce mãe que tanto colo me dá...